Baixas temperaturas, altas dores: por que sentimos mais dor no frio

Especialista explica como as baixas temperaturas afetam músculos e articulações e dá dicas práticas para aliviar os desconfortos do inverno
O frio chegou e, junto com ele, as queixas de dores nas costas, joelhos e ombros parecem se intensificar. Mas afinal, por que sentimos mais dor no inverno? Segundo o professor Kleyder Fleury, docente do curso de Fisioterapia da Una Catalão, essa sensação tem explicação e formas de ser prevenida.
“É comum ouvirmos relatos de pessoas que sentem mais dor quando a temperatura cai, especialmente aquelas com histórico de lesões ou doenças crônicas como artrite, artrose e fibromialgia. Mas é preciso entender que nem toda dor está diretamente ligada ao frio em si. O aumento do incômodo pode estar associado a um conjunto de fatores, incluindo aspectos ambientais, emocionais e físicos”, explica Fleury.
O que acontece com o corpo no frio?
Durante o inverno, é natural que o corpo sofra com a contração muscular, rigidez articular e diminuição da circulação sanguínea periférica — alterações que podem intensificar quadros álgicos já existentes. “Imagine uma pessoa que teve uma entorse mal tratada. Com o frio, ela pode apresentar mais dor porque não se habituou a esse tipo de estímulo. O sistema nervoso pode interpretar estímulos que não deveriam ser dolorosos como dor real”, esclarece o fisioterapeuta.
Esse fenômeno, conhecido como sensibilização central ou periférica, está por trás de muitos quadros de dor exacerbada, e exige atenção especializada. “O importante é não reforçar mitos como ‘isso é frescura’ ou ‘é psicológico’. A dor é real, e há tratamento”, destaca.
Quais hábitos podem agravar as dores no frio?
Além das alterações fisiológicas, algumas atitudes comuns no inverno podem piorar os sintomas: passar muito tempo parado, adotar posturas inadequadas para se manter aquecido, usar roupas que limitam os movimentos ou não se proteger adequadamente contra o frio. “Esses fatores contribuem para a rigidez muscular e favorecem o surgimento ou agravamento da dor”, observa Fleury.
Como aliviar e prevenir as dores?
Para o especialista, a recomendação mais importante é simples: movimente-se. “Exercício físico é uma ferramenta poderosa. Ele aquece o corpo, melhora a circulação e libera substâncias que ajudam a combater a dor. O melhor exercício é aquele que você gosta e consegue fazer com regularidade. Pode ser caminhada, dança, alongamento ou qualquer atividade prazerosa”, sugere.
Além disso, usar roupas adequadas, manter os ambientes aquecidos e aproveitar o sol sempre que possível são atitudes que ajudam a reduzir o desconforto. O uso de bolsas térmicas também é bem-vindo, com algumas orientações: “As bolsas quentes ajudam a relaxar os músculos e aliviar a dor. Já as frias são indicadas em casos de inflamação aguda. Mas é sempre importante ter orientação profissional para o uso correto”, explica.
Quando procurar ajuda?
Segundo Fleury, a dor é um alerta do corpo e deve ser levada a sério, especialmente se vier acompanhada de outros sinais, como alterações na pele (coloração ou temperatura), dormência, formigamento ou perda de força muscular. “Nesses casos, a avaliação de um profissional da saúde é fundamental para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz.”
Por fim, o professor reforça que viver com dor não deve ser encarado como algo normal. “Compreender que existem medidas acessíveis e eficazes para controlar e tratar a dor é o primeiro passo para uma vida mais saudável, independente da estação do ano”, conclui.
Sobre a Una
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 381 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas no mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.