CGAR debate formas de municipalizar o Projeto Trama Verde

CGAR debate formas de municipalizar o Projeto Trama Verde

A chegada do período de estiagem e a trégua das chuvas permite que a Defesa Civil e o Comitê Gestor de Área de Risco – CGAR voltem sua atenção para os projetos preventivos, especialmente, os que valorizam a biodiversidade, conforto térmico, regularização hídrica e prezam pela conservação dos solos.

Nesta quinta-feira (12/5),  a subsecretária de Proteção e Defesa Civil de Contagem, Ângela Gomes, juntamente com a equipe da Defesa Civil, apresentou aos integrantes do Comitê Gestor de Área de Risco – CGAR uma proposta de municipalização do Programa Trama Verde com o objetivo de que ele seja implementado dentro de uma perspectiva intersetorial.

De acordo com a subsecretária, a institucionalização potencializará seus resultados e facilitará a execução, tanto do ponto de vista financeiro como de planejamento. “A Defesa Civil é um órgão de avaliação e gestão do risco, não é um órgão de execução. Contudo, tem como foco ações de prevenção que, se efetivadas, colaboram para evitar desastres. Portanto, além de apresentarmos este projeto, queremos sugestões e a construção de uma matriz de responsabilidades”, salientou.

Segundo Gomes, a cidade tem uma biodiversidade que deve ser retomada e valorizada. “Da latinha de espada de São Jorge até os lotes com capins, tudo isso serve para controlar e melhorar a qualidade do ar e reduzir os desastres no município. Por isso, estamos empenhados em fazer desse programa uma política de governo que incentive novos hábitos e ações arrojadas, como o Telhado Verde”, reiterou.

Conforme o assessor da Defesa Civil, Davi Salvador, o Trama Verde trata-se de um programa que visa a conservação e proteção do solo, por meio da revegetação e do aumento da biodiversidade, potencializando a infiltração da água e minimizando desastres por erosão e deslizamento por meio da bioengenharia dos solos.

No seu escopo estão previstos três importantes projetos. São eles: Telhado Verde, Recuperação Participativa das Áreas Degradadas e por último, Quintais e Terreiros: Tradições, Agroecologia e Conservação do Solo. “A intenção é propor uma nova possibilidade de reconstrução do espaço urbano por meio da conservação e recuperação das áreas degradadas, mitigando os passivos ambientais que levam a diversos problemas socioambientais”, ressaltou o assessor.

Como parte do processo de municipalização do programa e de definição das responsabilidades, os membros do CGAR traçaram em quais áreas os projetos devem ser desenvolvidos; quais são os desafios e as limitações; quais atores são necessários para sua execução e o calendário das ações. A proposta é desenvolver o Trama Verde em áreas de risco alto e muito alto no município; em áreas pós demolição; em áreas públicas degradadas; e em equipamentos públicos, como escolas e unidades de saúde.

A primeira área a ser contemplada pelo programa já foi definida e será no Morro dos Cabritos, região da Ressaca. A previsão é de que seja executado na segunda quinzena de junho.

 

Repórter Carol Cunha