Estudo UFMG: hiperatividade e desregulação emocional estão associadas a obstrução nasal crônica em crianças e adolescentes

Estudo UFMG: hiperatividade e desregulação emocional estão associadas a obstrução nasal crônica em crianças e adolescentes

Portadores de rinite alérgica e hipertrofia adenotonsilar foram avaliados e resultado indica impacto no comportamento e em aspectos cognitivos

 

Nariz entupido e escorrendo, diminuição da capacidade de sentir cheiro, roncos noturnos e respiração pela boca. Esses são alguns sintomas que as crianças que possuem rinite alérgica ou hipertrofia adenotonsilar podem apresentar. Uma pesquisa promovida pelo PPG – Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina da UFMG, defendida pela pesquisadora Maíra Soares, analisou os efeitos das duas doenças no comportamento infantil. O resultado indica que a dispersão da atenção, desregulação emocional e hiperatividade estão vinculados aos problemas respiratórios das crianças.

A partir de uma análise da resposta cerebral a estímulos sonoros, a pesquisa coletou dados de dois grupos de indivíduos de 6 a 14 anos: os respiradores orais e os respiradores nasais. Os respiradores orais apresentam resistência nasal aumentada causada por rinite alérgica ou hipertrofia adenotonsilar, ou mesmo dos dois diagnósticos.

Para Maíra Soares, “o sono agitado e de pior qualidade seria o principal fator causador das alterações cognitivas e comportamentais”. A médica explica que por gerarem obstrução das vias aéreas superiores, principalmente durante o sono, a rinite alérgica e a hipertrofia adenotonsilar levam à fragmentação do sono, com despertares frequentes, e à redução da saturação de oxigênio no sangue, por reduzir o fluxo de ar para os pulmões.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

Legenda da foto em destaque: O sono agitado e de pior qualidade, provocado pela restrição respiratória, seria o principal fator causador das alterações cognitivas e comportamentais. Foto: Centro de Comunicação Social