Jovens deixam legado social e empresarial enquanto aprendem a profissão

Celebrado em 11/08, data lembra o papel do aluno como ator do próprio aprendizado, colaboram na melhoria do ensino contemporâneo e agente de transformação social

Luiza Tomelin, 21 anos, aluna do terceiro período do curso de administração é atenta às aulas, tem ótimas notas e já foi presidente da SKEMA Júnior, uma empresa experimental da faculdade onde estuda. Lá, junto a outros 20 jovens, criaram um modelo guia administrativo, elaboraram uma Carta de Serviços com portfólio de produtos, promoveram avanços para a sustentabilidade financeira do negócio e geraram experiências ricas em aprendizagem e networking para os colaboradores/alunos. Hoje, a empresa tem 6 clientes, sendo uma delas, o Grito, uma ONG.

Nesse atendimento, os estudantes fazem um trabalho personalizado: elaboraram materiais e fazem a capacitação e gestão da equipe para cursos de inglês e empreendedorismo para a comunidade de Ribeirão das Neves, onde a instituição realiza os atendimentos.

“Nosso escopo de atendimento é gestão estratégia de marketing, pesquisa de mercado, administração de empresas. Porém, queremos oferecer atendimento no Terceiro Setor e conseguimos personalizar porque foram demandas dentro das nossas qualificações. Acreditamos que os estudantes têm esse papel de experimentar para transformar. Estamos cheios de energia, somos agentes de inovação e conseguimos fazer diferença onde estamos. E quando temos a chance de experimentar a prática com a segurança de uma empresa júnior, que oferece mentores e qualificação, é ainda mais enriquecedor. E a gente vai aprendendo e deixando legado social e empresarial” reflete Luiza.  

E ela está certa. De acordo com Constituição Federal Brasileira, a educação é um direito de todos. Especialistas defendem que é um pilar importante para o desenvolvimento de uma sociedade. No Brasil, os estudantes têm um papel fundamental na construção de um futuro mais próspero para todos.

O Dia do Estudante é celebrado em todo Brasil no dia 11/08 desde o ano de 1927, data do centenário dos dois primeiros cursos superiores do Brasil, criados por D. Pedro I em 1827. A data é uma oportunidade para destacar como estudantes podem contribuir para a transformação da educação e de diversas formas.

Atividades extracurriculares, como grêmios estudantis, clubes de debate e projetos sociais. Eles também podem participar de movimentos que defendem a melhoria da qualidade da educação. Além disso, os estudantes podem se responsabilizar por sua própria aprendizagem, buscando novas informações e experiências fora da escola. Para a educadora Karen Haas Dornas, coordenadora do curso de administração da Faculdade SKEMA no Brasil, um estudante comprometido é fundamental:  

“A participação dos estudantes na transformação da educação e, consequentemente, da sociedade, de modo glocal – pensamento global e ação – é parte da metodologia da faculdade SKEMA, que forma líderes de culturas diferentes em 7 países. Quando os estudantes se envolvem no processo educacional, sendo atores do aprendizado ajudam a criar uma escola mais democrática, inclusiva e justa. Assim, aprendem técnicas não apenas conteúdos, ferramentas e técnicas de excelência para atuarem no mercado de trabalho, além de se formarem cidadãos mais conscientes e críticos, transformando a sociedade. Como educadora, entendo que fomentar essa prática é de suma importância”

A educadora dá algumas dicas sobre o papel dos estudantes e como se engajar:

– Informe-se entenda os problemas macro do país e da educação brasileira.

– Participe – escolha atividades extracurriculares que ajudem a melhorar a qualidade da educação e a sociedade, atue em movimentos sociais de temas de seu interesse e, especialmente, áreas e causas locais e que defendem a melhoria da educação.

– Responsabilize-se – pela sua própria aprendizagem.

– Realize – seja um agente de transformação na sua escola e na sua comunidade.

Artur de Pinho quer democratizar as informações por meio da tecnologia em seu projeto

Artur de Pinho, 18 anos, começa o segundo semestre do curso de administração de empresas e já está empolgado com o projeto Clube MultiKultural, do programa SKEMA Ventures. A proposta é criar uma comunidade conectada por uma plataforma interativa para troca de informação e interação do conhecimento gerado no Campus de BH. “Queremos aproveitar toda a informação que circula por aqui e compartilhá-la por meio da tecnologia para democratizá-la. Ainda é uma ideia em desenvolvimento. Vejo que no futuro poderemos compartilhar o conhecimento gerado com a sociedade também”, comenta animado.

Já na área de moda, uma associação estudantil criada por alunas já conta com parceria da empresa Paula Pessoa, designer de calçados e empreendedora. As duas fundadoras são as estudantes Isabela Nacur e Rafaela Madsen. Elas se inspiraram na Avenue Montaigne (Sophia Antipolis), Belle Rive (campus Grand Paris) e Metamorphose (Lille), sob a coordenação da professora Raquel Patrocínio. O objetivo é desenvolver a criatividade dos alunos por meio de projetos e experiências com profissionais do setor mineiro e brasileiro, como seus congêneres franceses.

“A propostas é planejar workshops, mentorias e outras qualificações ao longo do ano. Esperamos que a iniciativa influencie positivamente no conhecimento e na capacidade de criação dos alunos na área de moda. Queremos também divulgar designers e empreendedores brasileiros por meio da comunidade“, explica Rafaela Madsen.

Legenda da foto em destaque: Luiza Tomelin acredita que os estudantes transforma a educação