SUS Contagem alerta para sinais da tuberculose e diagnóstico precoce
Tratamento é oferecido gratuitamente e garante acompanhamento completo aos pacientes no município
Neste 17 de novembro, data dedicada à conscientização sobre a tuberculose, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) chama atenção para os sinais da doença e para a importância do diagnóstico precoce. Em Contagem, o tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo cuidado integral aos pacientes.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, conhecido como bacilo de Koch. Embora afete principalmente os pulmões, também pode atingir outros órgãos, como gânglios, pele, ossos, intestino e outros.
A transmissão ocorre por meio das vias aéreas, durante a tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas, que lançam no ar partículas contendo a bactéria. Os sintomas clássicos são tosse seca ou produtiva, por três semanas ou mais, febre vespertina que não costuma ultrapassar os 38,5ºC, sudorese noturna, emagrecimento sem motivo aparente e cansaço excessivo.
O diagnóstico pode envolver avaliação clínica dos sinais e sintomas, exames laboratoriais, exames de imagem e análise histopatológica de fragmentos obtidos por biópsia.
A epidemiologista da SMS, Jussara Alves Cardoso Neves, explica que em caso de aparecimento dos sinais de alerta ou quando houver contato com pessoas com tuberculose em ambientes fechados ou pouco ventilados, é necessário procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. “O tratamento é totalmente oferecido gratuitamente pelo SUS, garantindo acesso completo ao diagnóstico e acompanhamento da tuberculose nas formas pulmonares e extrapulmonares”, destaca.
O esquema de tratamento da tuberculose é padronizado, e deve ser realizado de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde que compreende duas fases: a intensiva e a de manutenção. A duração média é de seis meses para a maioria das formas da doença, podendo chegar a 12 meses nos casos de tuberculose meningoencefálica ou osteoarticular.
“Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias, ela encontra-se muito reduzida. Contudo, não se deve interromper o tratamento, pois pode levar à resistência bacteriana, tornando a doença mais difícil de tratar. A adesão correta garante a cura completa e evita a transmissão da doença para outras pessoas”, reforça a epidemiologista.
Principais formas de prevenção, segundo o Ministério da Saúde:
- vacinação com BCG: protege contra as formas mais graves da tuberculose (miliar e meníngea). É aplicada gratuitamente pelo SUS em recém-nascidos e crianças até quatro anos.
- Diagnóstico precoce: identificar e tratar rapidamente casos ativos evita a transmissão.
- Tratamento da infecção latente (ILTB): pessoas que têm o bacilo no corpo, mas não apresentam sintomas, podem receber tratamento preventivo para evitar o desenvolvimento da doença.
- Ventilação de ambientes: a bactéria se espalha pelo ar, então manter janelas abertas e evitar aglomerações em locais fechados reduz o risco.
- Uso de máscara em ambientes de risco: especialmente em hospitais, presídios ou locais com alta incidência da doença.
- Higiene respiratória: cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos com frequência.

