3° FESTIVAL CRIATURA abre mais de 300 vagas para oficinas gratuitas

3° FESTIVAL CRIATURA abre mais de 300 vagas para oficinas gratuitas
Em sua 3ª edição, em 2022 o festival de artes integradas Criatura abre inscrições gratuitas para oficinas com o Grupo Giramundo, com o diretor de cinema Affonso Uchoa, a atriz Mariana Ruggiero, além de mais 14 possibilidades nas áreas de música, dança, moda, comunicação, capoeira, sustentabilidade e gastronomia

O 3° Criatura, Festival de Artes Integradas, que acontece entre 8 a 14 de agosto de 2022, está com inscrições abertas para a frente educativa. São 17 oficinas e mais de 300 vagas destinadas aos moradores da capital e da Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de um Workshop para produtores culturais. As inscrições devem ser feitas no site da produtora Vai Tomando, organizadora do evento (clique aqui ).O festival é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e do Fundo Estadual de Cultura.

Em 2022 a Criatura se apresenta em quatro frentes: educativo, cinema, apresentações artísticas e feiras, e tem como propósito explorar novas possibilidades de criação artística por meio de conexões entre diferentes atores, linguagens e culturas. Todas as atividades da frente educativa foram elaboradas para possibilitar intercâmbios e experiências em rede crescente, sendo uma importante ferramenta de integração entre as artes, as pessoas e as tecnologias.

As propostas foram elaboradas por artistas mineiros que no papel de educadores criaram metodologias inovadoras de integração às artes. A ideia é que o aprendizado da técnica se converta em vivências coletivas que culminem no surgimento de novas sensibilidades e formas de se comunicar artisticamente em nosso cotidiano. Os produtos destes encontros serão expostos e apresentados no evento do fim de semana dos dias 13 e 14/08. Assim, os participantes das atividades são também artistas e parte da programação.

Daniel Pettersen, realizador do Criatura, reforça que as oficinas são uma oportunidade de interação e imersão na proposta artística do festival e convoca a participação social. O conceito da frente educativa tem muito a ver com a essência do festival. As oficinas e o workshop são um complemento importante às apresentações artísticas pois possibilitam a troca de saberes que favorecem a criação de laços mais fortes entre os participantes e as temáticas trabalhadas pelo festival. A seleção de educadores de alto nível e alunos de perfis diversos fazem do Criatura uma ferramenta de conexão cultural para nossa cidade.”, afirma.

Exemplos são as oficinas de cinema apresentadas pelo festival, uma de direção, ministrada pelo premiado diretor Affonso Uchoa, e duas oferecidas pela Ong Contato, Introdução ao Video-documentário e Preparação de Atores.

Na Oficina de DireçãoAffonso Uchôa apresentará uma breve introdução à direção cinematográfica, focando em três tópicos principais: Planejamento da produção (organização do método), Roteiro (histórias e não histórias) e Decupagem (ver e mostrar). Os alunos terão aulas expositivas e também realizarão um exercício de filmagem, para aplicar, mesmo de modo breve, o conteúdo aprendido na ação prática.

A oficina descentralizada de Introdução ao Video-documentário, com Ewerton Belico, possui 60 vagas distribuídas em 3 centros culturais (Venda Nova, Lagoinha e Barreiro). Ela propõe o contato inicial com a produção audiovisual, além de promover o compartilhamento de conhecimentos sobre as especificidades da linguagem audiovisual. O objetivo é trazer experiências criativas, tem caráter introdutório e de curta duração.

Preparação de Atores para o Cinema, com Mariana Ruggiero, tem o objetivo de exercitar e preparar artistas da cena, profissionais ou iniciantes, para o trabalho e vivência dentro do universo do cinema. Diante da câmera, mais que interpretar, ator deve se deixar absorver pelo contexto e impulsos de seu personagem. A proposta das aulas é potencializar a dinâmica pessoal de cada um dentro de seu trabalho como artista.

O tema da sustentabilidade atravessa as atividades do festival e sinaliza a emergência em aprendermos a gerir os resíduos no ambiente urbano.

Beatriz Apocalypse, do Grupo Giramundo propõe uma reflexão acerca da imensa quantidade de resíduos nas cidades em sua oficina de Construção de Bonecos com Material Reciclável. A prática permite a participação dos alunos em todo o processo de aproveitamento do lixo. Dessa forma, a aprendizagem é mais efetiva, pois o conhecimento é construído a partir de sua realidade. Os alunos aprenderão a criar bonecos a partir daquilo que seria lixo por meio de técnicas diversas. A ideia é a aguçar a inventividade como alternativas ao problema.

Também usando materiais recicláveis, a Oficina de Objetos Sonoros, elaborada por Marcos Catarina e destinada a pessoas com deficiência intelectual, tem o propósito de estimular aos participantes um repertório de experiências sensoriais, através da construção de instrumentos. A ideia é explorar timbres de diferentes, texturas e paisagens sonoras de objetos do cotidiano. A oficina acontecerá na APAE-BH, mas é aberta à participação de todos que quiserem se inscrever. Os Objetos Sonoros produzidos pelos alunos serão expostos no grande evento do final de semana no Museu Mineiro, junto aos bonecos produzidos pela oficina do Giramundo.

Além da temática dos materiais recicláveis, o educador Thiago Lopes, do coletivo Roots Ativa, ensinará os participantes a gerirem os resíduos orgânicos de forma organizada e eficiente, transformando-os em adubos para as plantas, na oficina de Compostagem Urbana. Os alunos irão produzir composteiras práticas e sofisticadas, ideais para serem utilizadas em apartamentos e ambientes internos. As composteiras produzidas na oficina serão utilizadas no evento para gestão do lixo orgânico, e posteriormente serão entregues aos alunos que a produziram.

Além das oficinas citadas, o festival ainda oferece mais diversas possibilidades nas áreas de música, dança, moda, comunicação, capoeira, sustentabilidade e gastronomia. Serão 17 oficinas no total, com diferentes durações e turnos dentro dos 7 dias de programação do Festival Criatura.

Para a organizadora Ana Carolina Andrade, o diferencial do Criatura, que tem garantido sua relevância na cena cultural mineira, é a comunicação para a mobilização social. Estruturamos toda a programação educativa para que ela contemple interesses nas mais diversas áreas do fazer artístico. Buscamos fomentar a participação de pessoas de toda as regionais da cidade e municípios do entorno. E temos uma equipe de mobilizadores para garantir que a informação extrapole os circuitos tradicionais de comunicação sobre culturas e artes de Belo Horizonte” atesta.

A seleção dos inscritos se dará respeitando os critérios de descentralização e democratização do acesso do Festival Criatura que prevê a equidade de participação entre gêneros, mínimo 50% de pessoas negras, mínimo de 50% de pessoas que estudaram em escolas públicas nos ensinos fundamental e médio, a presença de pessoas com deficiências nas atividades, programação e equipe, e a abrangência de todas as regionais inscritas.

Para alcançar esse objetivo, a equipe de mobilização social do Festival Criatura fomenta a participação divulgando as oficinas nas nove regionais da capital e nas principais cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. E, atua ainda nos coletivos, nos movimentos sociais e artísticos.

 

Serviço:

Programação completa e inscrições: Vai Tomando

Festival Criatura: 8 a 14 de agosto — Museu Mineiro