Para comércio, manutenção da Selic mostra ineficiência do aperto monetário

Para comércio, manutenção da Selic mostra ineficiência do aperto monetário

CDL/BH destaca que permanência da taxa cria gargalo no consumo e pode aumentar inadimplência

A manutenção da Selic, anunciada há pouco pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), não foi bem recebida pelo setor de comércio e serviços da capital mineira. Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), a permanência da taxa básica de juros do país em 15% revela a ineficiência do ciclo de aperto monetário praticado pelo BC desde o fim de 2024.
Segundo a entidade, o alto patamar dos juros sufoca o consumo, freia os investimentos e compromete a geração de empregos no varejo e nos serviços. “Ainda que outros cenários da economia apresentem resiliência, como o mercado de trabalho, a manutenção da taxa cria um gargalo no consumo a médio prazo. Já temos um cenário de crédito mais caro e aumento da inadimplência”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
O dirigente destaca ainda a urgência de um plano monetário capaz de reduzir as consequências do aperto sofrido ao longo dos últimos meses. “Precisamos de medidas que devolvam confiança, ampliem o acesso ao crédito e garantam fôlego para o setor produtivo. A manutenção até contribui para o controle da inflação, porém é prejudicial ao crescimento econômico do país”, pontua.

 

Legenda da foto: para a CDL/BH o alto patamar dos juros sufoca o consumo, freia os investimentos e compromete a geração de empregos no varejo e nos serviços