Acolhimento que transforma vidas

Acolhimento que transforma vidas

Profissionais da Unimed- BH contam a importância de trabalhar com amor e acolher os sentimentos de pacientes

Um pouco de tinta, pincéis, um molde e muita empatia e cuidado com o outro. Essas foram as ferramentas usadas pela enfermeira Louise Souza para proporcionar um momento inesquecível a três gestantes internadas na maternidade do Hospital Unimed – Betim.

Sob cuidados médicos há mais de duas semanas e com muita esperança de aguardar o fim do período gestacional em suas casas, as gestantes receberam a notícia de que precisariam continuar no hospital. Foi quando Louise Souza percebeu a mudança no humor e no emocional das futuras mamães. “Elas ficaram tristes por estarem distante da família e de precisarem mudar e até cancelar planos feitos para a chegada dos bebês”, conta.

A percepção da enfermeira, aliada à criatividade, rendeu a ideia de proporcionar um momento lúdico, que pudesse marcar a memória das gestantes: fazer pinturas em suas barrigas. “Toda vez que lembro do sorriso no rosto delas e do olhar de carinho ao ver a barriga pintada, renova a certeza de que estou no caminho certo. Sinceramente, não esperava que o impacto seria tão grande para elas. Foi lindo!”, compartilha Louise.

Para as gestantes, apesar do gesto parecer simples, o olhar atencioso e empático da enfermeira transformou a experiência que poderia ter sido um momento delicado em um exemplo de cuidado. Para Fernanda Thaís da Silva, grávida de 32 semanas das gêmeas Maria Clara e Maria Alice, a atitude de Louise trouxe conforto. “Eu já estava com uma sessão de fotos de grávida planejada e, ao saber que ficaria internada até o parto, eu senti muito por não ter fotos lindas para me lembrar da gravidez”, desabafa. “Foi quando a Louise apareceu de surpresa com as tintas e se ofereceu para fazer uma pintura na minha barriga, representando as minhas meninas. Quando vi o resultado, senti uma forte emoção! Mesmo não sendo como eu havia planejado, agora tenho fotos para lembrar de todo o carinho e cuidado que a equipe teve comigo e com minhas filhas”, conta.

Fernanda revela, ainda, que suas emoções se transformaram desde então. “Sinto-me mais animada e já compartilhei as fotos com todos os meus amigos e familiares. Desejo que Louise, junto com toda a equipe, possa continuar transformando a vida de muitas pessoas!”, finaliza agradecida.

Um olhar de acolhimento

Para a técnica de enfermagem da Unimed-BH, Cristielle Andreza dos Santos, se colocar no lugar do outro é essencial para conseguir acolher e apoiar as pessoas que procuram atendimento médico.

Ela relatou também a história do pequeno Murilo, de cinco anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que teve um atendimento humanizado no Centro de Promoção da Saúde Unimed – Unidade Betim.

De acordo com ela, a família de Murilo foi à unidade para a realização de um eletrocardiograma e ela percebeu a agitação dos pais. “Eles se mostraram ansiosos com a realização do exame, em que é necessário fixar eletrodos no peito da criança. Depois de acalmar os pais, fomos ao procedimento”, conta.  “Murilo se sentiu desconfortável e se escondeu embaixo da maca. Então, me sentei no chão para conversar com ele, colocamos um desenho e, aos poucos, ainda no chão, consegui colocar os eletrodos para concluirmos o exame, que deu certo”, conta a enfermeira que acredita que ter se colocado no lugar da criança foi crucial para encontrar a solução que a acalmasse.

Legenda da foto em destaque: Enfermeira Louise e Fernanda, mãe das gêmeas Maria Alice e Maria Clara