Belo Horizonte: Moda que move a economia mineira e conquista o Brasil

Belo Horizonte: Moda que move a economia mineira e conquista o Brasil

A moda em Belo Horizonte é mais que estilo: é uma engrenagem vital da economia. Um estudo realizado pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomercio MG, com base na RAIS 2024 e na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), revela que o setor de tecidos, vestuário e calçados apresentou em Minas Gerais um crescimento acumulado de 4,2% em 2024, superando a média estadual geral (3,2%) e a nacional (2,9%). Entre agosto de 2024 e julho de 2025, o avanço foi ainda maior: 6,0% em Minas, contra 4,9% no Brasil. “Esses números mostram que Minas Gerais tem um dinamismo acima da média nacional. A moda é um setor estratégico para o estado, que movimenta tanto o comércio varejista quanto o atacadista e fortalece nossa identidade cultural”, afirma Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG.

Minas Gerais conta com 65,2 mil estabelecimentos no setor, representando 11,8% do total nacional. Somente em Belo Horizonte são 8.975 empresas, ou 13,8% do universo mineiro e 1,6% do brasileiro. A capital, embora tenha proporção menor do que a média do estado (3,8% do total de estabelecimentos contra 5,2% em Minas), concentra negócios estratégicos que abastecem lojistas de todo o país.

No emprego formal, a moda emprega 1,9 milhão de trabalhadores no Brasil. Em Minas, são 190,2 mil vínculos, o que corresponde a 9,9% do total nacional. Belo Horizonte responde por 24,2 mil postos formais, equivalentes a 12,7% do estadual e 1,3% do Brasil. Na capital, o comércio responde por quase 76% das vagas, seguido da indústria, com 5,3 mil vínculos. “Mesmo com oscilações ao longo da última década, o setor continua sendo um dos mais representativos da economia mineira. Belo Horizonte, em especial, mantém sua vocação de polo de negócios e criatividade, atraindo lojistas que buscam qualidade e inovação”, ressalta a economista.

O estudo mostra que, após atingir o pico de 82,2 mil empresas em 2013, o número de estabelecimentos da moda em Minas caiu para 50,9 mil em 2022, retração de 38%. Em 2024, houve retomada, chegando a 65,2 mil empresas, um crescimento de 28% em relação a 2022, embora ainda 21% abaixo do recorde histórico.

Essa trajetória revela os desafios do setor diante da digitalização e das mudanças de consumo, mas também sua resiliência. “O setor de moda mineiro mostra capacidade de adaptação, combinando tradição artesanal com estratégias digitais, o que garante competitividade frente a outros estados”, avalia Fernanda Gonçalves.

Eventos consolidados provam a vocação da moda mineira

 

No coração da capital, a moda ganha palco no Barro Preto Fashion Day, que chega à sua 17ª edição nos dias 19 e 20 de setembro ao  . Este ano, o evento se transforma em um festival que reúne desfiles de moda, gastronomia, música e experiências culturais. Para os lojistas de todo o país, essa é uma oportunidade de conhecer novas coleções, fortalecer relacionamentos comerciais e vivenciar a moda como experiência. O evento que antes apresentava somente como desfiles de moda, precisou se reinventar para acolher empresários de todo o país, oferecendo a possibilidade dessas pessoas terem uma experiência com cara de Festival, com opções de lazer, gastronomia e cultura, tudo em um só lugar. Entre os destaques da programação estão os shows de Leo Jaime, da banda Putz Grilla e do espetáculo Lurex Queen Tribute, que homenageia o Queen. “Queremos que o lojista viva a moda em todas as suas dimensões: negócios, cultura, lazer e relacionamento. Essa é a marca de Belo Horizonte, um polo que entrega não só mercadoria, mas uma experiência completa”, afirma Lúcio Faria, presidente do Sincateva.

Entre números que confirmam seu peso econômico e eventos que celebram sua vitalidade criativa, Belo Horizonte e Minas Gerais reafirmam seus papéis como hub da moda nacional. Mais do que roupas, Minas Gerais oferece tendências, conexões e um estilo de vida que movimenta o presente e projeta o futuro da moda brasileira.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

 

 

Foto: enviada sem crédito