“Bença, Pai”. Foi assim que o cantor e compositor Luter Nguzuale batizou seu novo espetáculo, que será apresentado no dia 3 de julho, no Teatro Raul Belém Machado (rua Leonil Prata, 53, Alípio de Melo), em BH, às 20h. Antes do show, a partir das 18h, haverá a exposição “Mostra Legado”. O título da apresentação não poderia ser outro. No palco, o artista faz reverência à ancestralidade e presta uma sensível homenagem ao próprio pai: Geraldo Ubiraí Winter — sacerdote de umbanda, músico, ator e ativista social, cuja trajetória influenciou profundamente a vida e a obra do filho. Com a entrada franca, o show está distribuindo ingressos via plataforma Sympla: https://encurtador.com.br/bMrQC.
A apresentação marca um momento especial na caminhada de Luter, que traz em seu nome artístico, “Nguzuale”, uma djina recebida em sua iniciação no candomblé angola. Inclusive, a conexão com as raízes africanas e com a religiosidade afro-brasileira atravessa o espetáculo como força motriz, revelando um universo onde o sagrado, o cotidiano e o poético se entrelaçam.
“Este show é concebido também como um ato coletivo de preservação da memória, da arte e da ancestralidade do povo preto no Brasil. Por meio de composições autorais, eu expresso a minha visão de mundo, assim como as minhas experiências e vivências, reverenciando as raízes que me formam”, explica Luter, que traz em suas composições elementos da cultura afro-brasileira, do samba, da MPB e da musicalidade afromineira.
No repertório, além do single “Òsótokansòsó”, o público conhecerá composições inéditas como “Amazi”, “Quem Vem Lá”, “Mata Escura” e a faixa-título “Bença, Pai”. O show, que resultará em um disco inédito, inclui ainda interpretações de clássicos de Milton Nascimento, Moacir Santos, Nei Lopes, Dorival Caymmi e outros grandes nomes da música brasileira, sempre guiadas pela sensibilidade e identidade afro de Luter. “Esse espetáculo é todo em memória de meu pai Geraldo, já falecido. E a sua presença se dá nas canções que fazem referência a ele. São músicas que ele cantava e que serão interpretadas”, explica Luter.
Ao lado de Luter, na apresentação do dia 3 de julho, estarão Junim Ribeiro (violão e co-direção musical), Daniel Guegues e Tadeu Moura (percussão) e Maria Mônica (piano, baixo e acordeon). Haverá ainda as participações especiais de Marcelo Veronez, que assina a direção artística do espetáculo, e de Milena Torres, a diretora musical do show. A produção é da Amazi Produções, sob a coordenação de Nayara de Oliveira.
“Eu, o Veronez e a Milena temos uma parceria que foi construída ao longo de mais de 20 anos. Sendo ambos fundamentais no desenvolvimento da minha trajetória musical”, explica Luter, enaltecendo a caminhada dos convidados especiais: “Além disso, o Veronez é uma referência reconhecida na cena musical e teatral de Belo Horizonte, com uma carreira marcada pela sua personalidade, diversidade e pela excelência artística. Já a sensibilidade musical da Milena, aliada ao profundo vínculo artístico e afetivo com a minha história, fez a escolha por ela ser algo bastante natural”, completa o artista autor do show “Bença, Pai”.
EXPOSIÇÃO. O público poderá conferir a “Mostra Legado”, no foyer do Teatro Raul Belém Machado. Trata-se de um compilado de fotografias do acervo de Pai Geraldo e do Terreiro Cosme e Damião. Também fazem parte da exposição imagens artísticas assinadas por Thaís Sheliden. A “Mostra Legado” propõe uma experiência imersiva no universo simbólico dos terreiros e teve sua estreia no evento “Patota de Cosme”, em 2024.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
Exposição “Mostra Legado”Show – a partir das 18h
Show “Bença, Pai” – Luter Nguzuale – a partir das 20h
Dia: 3 de julho de 2025
Local: Espaço Cênico Yoshifumi Yagi – Teatro Raul Belém Machado (rua Leonil Prata, 53, Alípio de Melo)
Cortesias no Sympla: https://encurtador.com.br/bMrQC.