Minas leva modelo premiado de trabalho prisional a estande montado no Expominas, durante a Semana Industrial Mineira

Líder nacional, programa oferece parceria com redução de gastos e infraestrutura, qualificando mão de obra para promover reinserção social de presos
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp MG) está presente na Semana Industrial Mineira 2025, evento do setor industrial que anualmente reúne líderes empresariais e inovações do mercado. No estande montado pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) no Expominas, em Belo Horizonte, empresários poderão conhecer um modelo de parceria de trabalho no qual Minas Gerais ocupa o topo no ranking nacional: o da mão de obra de presos.
O evento teve início hoje (9/9) e se estenderá até a sexta-feira, dia 12, no Expominas, bairro Gameleira, em BH. No local, especialistas do Depen-MG apresentarão os benefícios da contratação da mão de obra prisional, bem como as oportunidades disponíveis e detalharão as vantagens competitivas para a indústria, que incluem redução de até 50% nos custos com mão de obra, acesso a galpões e maquinários industriais sem custo e um processo de seleção facilitado para encontrar profissionais qualificados.
O estado possui 57% de todas as empresas do país certificadas com o Selo Resgata do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), um reconhecimento à eficiência e responsabilidade social e sustentabilidade às organizações que se propõem a assumir uma postura socialmente responsável em relação à segurança pública e justiça social. A feira será uma oportunidade para conhecer histórias reais de transformação.
Guilherme Lima, sócio fundador da Trabalho & Cidadania, que atua há mais de 20 anos com o programa, destaca a evolução do projeto. “Inicialmente, optamos pela parceria devido ao grande benefício que é a redução da folha de pagamento. Hoje, além dessas vantagens, a mão de obra prisional se apresenta como uma solução concreta diante do cenário atual de escassez de profissionais”, destaca.
Nova chance
Já W.W., egresso do sistema prisional e que hoje trabalha com carteira assinada, relata o impacto da oportunidade em sua vida. “Eu cumpria pena no regime semiaberto, quando tive oportunidade de trabalhar para uma empresa parceira, a BH Foods. Vi que era uma nova chance que a vida me dava. Trabalhei nove meses, obtive meu alvará de soltura e consegui ser efetivado. Hoje trabalho de carteira assinada, há mais de dois anos”, comemora.
Para Maristela Esmério de Andrade Pessoa, diretora de Trabalho e Produção do Depen-MG, o trabalho é um pilar de sucesso no processo de ressocialização, onde todos ganham. “A pessoa privada de liberdade ganha uma qualificação profissional, tem a chance para transformar sua vida e obtém a redução da pena, já que cada três dias trabalhados significa um a menos na sua prisão”, enumera.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, avalia que a contratação de mão de obra prisional não é só um ato de responsabilidade social, mas também uma decisão de negócio inteligente. “Estamos oferecendo às empresas uma solução econômica e eficiente, ao passo que construímos um futuro onde o crime não compensa. Nosso foco é em resultados: redução de custos para a indústria e redução de criminalidade para a sociedade”, declara.
Fonte: SEJUSP-MG / Fotos: Tiago Ciccarini/ Ascom Sejusp MG